A semana que passou correu bem a António Costa, que viu os juízes do Tribunal da Relação afastarem quase liminarmente o essencial das acusações que sobre ele impendem no âmbito da chamada “Operação Influencer”. De imediato, e em termos completamente absurdos, o nosso inenarrável Presidente da República veio a terreiro sugerir que estávamos mais próximos de vir a ter, no Outono, um português na presidência do Conselho Europeu (o País em geral registou mais esta incoerência feita de uma malsã necessidade permanente de testar os microfones mediáticos que tanto o provocam). Entretanto, Costa – ainda que expectante quanto ao dito lugar europeu e não pretendendo disputar as eleições parlamentares europeias à cabeça da lista do seu partido, o que até lhe ficava bem – não perdeu tempo e já fechou um contrato (de remuneração certamente generosa) com o novo canal noticioso da nova CMTV...
Já o poder socialista dito renovado, com Pedro Nuno (PN) à cabeça, parece dividido entre Vitorino e Assis como cabeças-de-lista dessas mesmas eleições. Pratos mais do que requentados, com a diferença única de que Vitorino tem obra e currículo político bastantes (no domínio e não só). Ao mesmo tempo, as primeiras sondagens voltam a colocar o PS largamente à frente da AD, mais não seja pela quantidade incrível de calinadas cometidas por Montenegro e seus acompanhantes, embora me pareça cada vez mais claro que a insistência de PN nos mesmos de sempre, e respetivos cadastros de desgaste e inconsequência, acabará por fazer com que o partido vá ter a menor votação e representação de todos os tempos no Parlamento Europeu. Retiro, pois, o que há pouco tempo me fazia acreditar em que algo iria mudar com PN em sede de renovação e proposta – todos diferentes, todos iguais, afinal!
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