Uma interessante sondagem da “Euronews”, naturalmente comentada por essa Europa fora como evidenciando que a Comissão de Ursula von der Leyen não é especialmente apreciada pelo cidadão europeu médio – de facto, para uma amostra de 18 países, tal avaliação cidadã apenas resulta positiva para 37% dos inquiridos, ou seja, as respostas repartem-se quase equilibradamente entre os que aprovam, os que reprovam e os que não sabem (um aspeto que também é sintomático); um resultado que claramente contrasta com a avaliação equivalente quanto à presença na União do respetivo país (62% consideram-na positiva e apenas 15% negativa).
Mas a dita sondagem traz-nos um outro dado particularmente sugestivo: refiro-me ao que decorre do liderante posicionamento português naqueles dois rankings valorativos. Com efeito, 61% dos portugueses declaram-se favoráveis à prática levada a cabo pela atual Comissão e, muito sensatamente em função do que tem sido o contributo dos fundos estruturais para o desenvolvimento nacional das últimas décadas, 82% dos portugueses declaram o seu apoio à participação de Portugal na União.
A sondagem permite ainda considerações mais finas sobre as diferentes leituras nacionais em causa, área em que não farei grandes incursões para além de chamar a atenção para o maior criticismo que ostentam a França, a Chéquia e a Eslováquia; o que, podendo ser explicável pelas reconhecidas caraterísticas de autocentramento dos franceses e pela evolução da sua cada vez mais nacionalista conjuntura política, já não o será tanto no caso dos dois países do Leste Europeu e, sobretudo, no da Chéquia que se democratizou com mais normalidade e beneficiou com sucesso relevante da solidariedade europeia.
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