O “El País” reuniu a informação disponibilizada pelo FMI, no seu mais recente “World Economic Outlook” (“Steady but Slow: Resilience amid Divergence”, 16 Abril 2024), sobre as perspetivas nacionais (189 países) dos crescimentos económicos projetáveis até final da corrente década. Numa rápida vista de olhos, realce para seis aspetos: (i) as maiores taxas de crescimento situam-se em países cuja base de partida é ínfima (como a Guiana, Moçambique ou o Ruanda), o que se torna relativamente irrelevante para efeitos analíticos; (ii) nos vinte primeiros colocados encontram-se o Bangladesh, a Índia, o Vietname e o Camboja (4º, 8º, 9º e 17º lugares, respetivamente) , o que confirma o dinamismo asiático sem deixar de contrastar com a posição da China (67ª) ou da Coreia do Sul (143ª); (iii) quatro potências mundiais ocupam posições de fim da tabela (Itália no antepenúltimo lugar, Japão em 4º a contar do fim, Alemanha em 6º e França no lugar 176), o que não pode deixar de apelar a considerações mais finas sobre o respetivo impacto (designadamente à escala europeia); (iv) as economias do Leste Europeu continuarão a crescer genericamente mais do que as do Sul (o catching-up dos low incomeversus o development trap dos middle income), com a Roménia e a Polónia a destacarem-se; (v) Portugal não ficará longe do país dos ex-PIIGS que mais crescerá no período em causa (a Irlanda, apesar de tudo revelando uma dinâmica em relativa perda comparada), ainda assim apresentando um crescimento económico bastante abaixo da média no conjunto da amostra internacional de países (lugar 153 em 189); (vi) a lanterna vermelha vai para a Guiné Equatorial, o único país cujo índice de 2029 surge estimado como ficando abaixo do de 2023. Dados curiosos, necessariamente muito pontuais, que talvez possam ajudar a contextualizar o que por aí se vai dizendo sobre crescimento.
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