segunda-feira, 1 de abril de 2024

QUEM AVISA...

Donald Tusk abriu a Primavera deste ano com a declaração convincentemente perentória da possibilidade (ou, talvez melhor, da forte probabilidade) de uma escalada da guerra na Europa. Talvez também por isso, o mês de Abril quis chegar invernoso e pouco radioso. Por cá, entretidos com a formação do novo Governo e as descabeladas diatribes de Ventura, preparamo-nos para continuar a ter os gastos em Defesa atrasados face ao internacionalmente comprometido embora já tenhamos o Almirante que quer ser Presidente da República a defender o serviço militar obrigatório. Sendo que a nua e crua realidade, sobretudo quando observada com olhos de ver e foco adequado no que vai sucedendo nos EUA, na Ucrânia e nas regiões europeias mais fronteiriças da Rússia, não engana quanto aos riscos que nos envolvem como nunca desde os tempos da ameaça hitleriana. Neste quadro, e apesar de a diplomacia e a política irem mostrando os seus desencontros e desaguisados, portanto a sua limitada capacidade de antecipação e reação estratégica, o que vai tender a prevalecer no nosso entorno europeu passará inevitavelmente pelo regresso às armas e pelo atrofiamento do modelo social.


(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)


Sem comentários:

Enviar um comentário