segunda-feira, 16 de maio de 2016

FIM DE ÉPOCA


(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Terminou ontem mais um campeonato nacional de futebol. E tanto quis Jesus tirar da toca esse Rui Vitória que disse não qualificar como treinador que o dito saiu mesmo da dita e acabou a oferecer-lhe a amêndoa que lhe passará a atravessar a garganta devido a ter ganho “bola, bola”. Cá se fazem...

Assim verificada a consumação de mais um passo vencedor da estratégia com que Vieira tem vindo a ser capaz de reorientar o posicionamento e a gestão do Benfica, importa sublinhar que nem à despedida Jesus e a estrutura sportinguista abandonaram a postura de arrogância, a política de terra queimada e a exibição de mau perder que praticaram ao longo de toda a época. Ao contrário dos seus fieis e entusiásticos adeptos, mereceram bem o castigo (divino?) que sobre eles se abateu...


Quanto ao meu FCPorto, fica-se por duas pequeníssimas consolações (a que ainda poderá vir juntar a da Taça?): a de que o tri agora alcançado pelo rival dista 39 longos anos do último que conseguira, anos esses durante os quais conquistou um penta (94/99), depois um tetra (05/09), depois um tri (11/13), entre 22 títulos; a de que venceu a Segunda Liga, facto meritório que não lhe permitiu subir de divisão nem lhe logrou ainda a abertura das portas da Câmara mas que lhe faz adivinhar bons auspícios em termos de futuro do plantel principal (abaixo, os 16 mais utilizados dos jovens campeões – todos entre os 18 e os 23 anos, numa galeria cosmopolita integrando 6 portugueses, 2 mexicanos, 2 brasileiros, 1 luso-polaco e 1 de cada uma destas nacionalidades: Colômbia, Estados Unidos, Nigéria, Panamá e Venezuela). Se o “mercado” e o resto não fizerem mais estragos...




Por fim, algumas menções bem merecidas: os modestos Arouca e Rio Ave apurados para a Liga Europa, o Boavista e o Tondela salvos da descida de divisão (este último quase milagrosamente e completamente em cima do gongo), o Chaves e o Feirense a subirem à primeira, o Portimonense e a Académica como os dois mais dignos derrotados (um a terminar a II Liga em igualdade de pontos com o Feirense e o “segundo clube de todos nós” a baixar após catorze anos consecutivos junto dos grandes). E virada fica mais esta página...

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