As notícias não cessavam de ser crescentemente dissuasoras (vejam-se, mais acima, excertos das duas capas do “Libération” de Quinta e Sexta) à medida que se ia aproximando a data aprazada para um fim de semana alargado em Paris visando a celebração do aniversário de uma amiga e uma simultânea oportunidade de passar uma tarde no “Grand Palais” vendo e sentindo Amadeo de Sousa-Cardoso. Afinal, as gasolineiras acabaram por ir sendo reabastecidas e as manifestações de rua por ir acalmando – isso sem prejuízo de Hollande, um taticista de competências políticas cada vez mais manifestamente duvidosas, estar em notória situação de isolamento social e em claro risco de vir a ser expulso da cena política nas próximas eleições – à medida que, naturalmente por mera coincidência, a chuva ia exibindo a sua extraordinária inclemência.
No meio disto tudo, a opção pelos interiores teve de se tornar dominante (obviamente com a visita a Amadeo no posto de comando). Mas ainda deu para o insólito de assistir às grandes penalidades da final da Champions em plena Saint-Germain, numa tela colocada num restaurante mesmo à beira do “sempre eterno triângulo” (Brasserie Lipp, Café de Fiore, Les Deux Magots – os três toldos da primeira imagem abaixo). Era um Real-Atlético e uma final inteiramente madrilena mas os media franceses, fieis a si próprios, valorizaram sobremaneira o facto de um francês assim ter conseguido ineditamente vencer a dita Liga como jogador e como treinador – sem qualquer culpa para Zinedine Zidane, que até tem mérito por isso, mérito esse que é contudo independente da sua abençoada nacionalidade. Por último, e confirmando que a sorte sorri frequentemente aos que se esforçam por ser os melhores, uma referência ao nosso Cristiano Ronaldo, que foi contemplado com o livre decisivo e a atribuição dos correspondentes louvores disseminados pelas televisões de todo o mundo.
Ah, e muito importante, está sol no Porto!
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