sexta-feira, 27 de maio de 2016

INFORMAÇÃO INÚTIL? (VI)


Ainda dois resquícios da minha mais recente passagem por Londres e da indispensável entretenga daqueles minutos ociosos a folhear jornais no hall do hotel ou na carruagem do metro. O primeiro fala por si quanto à claríssima divisão geracional que se observa por terras de Sua Majestade entre os apoiantes do Remain e do Leave – 56% dos jovens entre 18 e 24 anos declarando pensar que ficariam pessoalmente melhor em caso de permanência, contra apenas 19% dos mais idosos admitindo pensar de igual modo. E o referendum countdown prossegue a velocidade estonteante, quase tão estonteante quanto a demagogia em torno do futuro britânico dentro e fora da União.

(Christian Adams, http://www.telegraph.co.uk)

O segundo gráfico, abaixo, decorre de uma questão que se colocou em torno dos valores da imigração de europeus para a Grã-Bretanha, questão que foi suscitada pela significativa diferença detetada entre a emissão de national insurance numbers (2,2 milhões entre meados de 2011 e meados de 2015) e os dados oficiais relativos à imigração (pouco acima de 1 milhão). Afinal, parece que o “buraco” provinha simplesmente de um significativo número de entradas registadas a título de negócios, estudos ou trabalho ocasional (impressionante a atratividade empresarial, universitária e laboral do país!), classificadas como de duração inferior a um ano e assim doravante designadas por short-term migration. Por adicional curiosidade, veja-se no gráfico que se estima em 800 mil o total de migrantes em 2015 (sendo apenas 265 mil os chegados por mais de um ano).

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