quinta-feira, 12 de maio de 2016

O MINISTRO DO 1 CÊNTIMO


(Estranha gestão política esta, é o mínimo que me ocorre)


Mas quem sou eu para comentar a gestão política do Governo. Mas entendamo-nos. A entrevista de António Costa a José Gomes Ferreira correu bem e o primeiro-Ministro não pode queixar-se. Os políticos portugueses deviam ser expostos a entrevistadores mais implacáveis do que os que as televisões em Portugal têm para para procurar morder. No meio dessa entrevista, veio à discussão o tema dos combustíveis e o jornalista da SIC estaria farto de saber o que iria acontecer. Tentou arrancar de António Costa a declaração do que iria ser anunciado. E perante o meu espanto Costa fez a rábula de querer reservar para o ministro das Finanças o tal anúncio da descida do imposto petrolífero. Podia ter sido sucinto nessa comunicação. Mas não o foi. Afirmou que os ministros das Finanças também devem ter a possibilidade de anunciar coisas boas. Logo, subiu o tom das expectativas. Algo de mais relevante poderia ser anunciado. Pois, mas não foi. A descida do imposto petrolífero quedou-se pelo cêntimo isolado. A isto chamo eu uma gestão de expectativas de estalo. E Centeno ficará para sempre amarrado à imagem do Ministro do cêntimo. Para meu espanto.

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