(Osmani Simanca, http://atarde.uol.com.br)
Passar pela nossa Capital do Império – já que, venha o que vier, Lisboa nunca quererá deixar de assim se autoapresentar – é sinónimo de um maior recurso a transportes públicos, em geral, e a deslocações de táxi, mais em particular. O tema único de conversa das minhas corridas foi desta vez mais que previsível: a “Uber”, pois claro. No dia em que ouço na TSF notícia da próxima chegada a Portugal de mais um(a) operador/plataforma – a Cabify, de base espanhola e já em fase de recrutamento por cá –, quero apenas aqui deixar um sinal de perplexidade sobre o que ouvi de contraditório: uns a sustentarem que isto ou vai a bem ou vai a mal, a criticarem os poderes públicos por excesso de inconsistências (inclusive declaratórias) e por falta de legislação/regulação, a desancarem na dita “Uber” por não pagar impostos nem oferecer alguns tipos de garantias ao consumidor e a agitarem o espantalho de centenas ou milhares de despedimentos; outros (claramente menos, como é óbvio) a defenderem que este é um negócio escandalosamente fácil e muito cartelizado/concentrado (quase corporativo, dizia-me um), que as célebres licenças pagas a milhares de euros decorrem de um mercado ilícito que a própria concentração criou indevidamente e sem custos fiscais e que quem não paga impostos são verdadeiramente os seus próprios patrões taxistas. Eu cá não sei quem tem razão, acho até que cada um terá as suas – mas o que me parece é que isto pode acabar em “trolha” (a imagem acima vem do Brasil, mas a paulada é igual em todo o lado) se a governação não for muito habilidosa, diligente e expedita em termos precatórios...
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