Sou dos que consideram que a longa passagem de Aníbal Cavaco Silva pela política portuguesa constituiu um elemento mais pernicioso do que virtuoso para o amadurecimento e desenvolvimento pleno das nossas débeis comunidade e democracia. Não obstante, nada por isso me leva a crer em fenómenos de aproveitamento pessoal direto que tivessem estado patentes no não mais do que alegado comportamento imaculado desse autoproclamado antipolítico que foi primeiro-ministro e presidente da República num total de duas décadas. Em síntese, e como decorre da peça da “Sábado” de ontem, foi do alto da sua arrogância e moralismo que o dito se deixou capturar por pequenos esquemas que indiretamente o favoreceram ou por amizades que promoveu politicamente e que macularam objetivamente o pretendido sentido dos seus mandatos. Apenas para que conste...
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