terça-feira, 9 de julho de 2019

REGRESSA O MUNDO DA BOLA



(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Está de volta o futebol português a nível de clubes, mas este defeso só tem servido para comprovar por quão de rastos ele vai. Do lado do mais pequeno dos “grandes”, embora cada vez mais cheio de si e da sua prosápia infindável, temo-lo acantonado na mais recente “tradição” de uma novela em torno de Bruno & Bruno, um a ser vergonhosamente leiloado (com muita pedinchice à mistura) em mercado internacional e o outro a ser bode expiatório (acima o escalpe saído da assembleia de Sábado) de males desportivos e financeiros que começaram a radicar em tempos bem anteriores aos da sua ridícula passagem.



Os dois restantes “grandes” fazem o que podem dentro do que se lhes oferece, um através de Jorge Mendes (entre centenas de milhões e “lavandarias” pouco claras) e entretendo um país que assiste diariamente a horas noticiosas e de comentário em torno da inteligência visionária do seu magnífico presidente (deixando ficar apenas uma expectativa em torno de Bruno Lage, ele que já veio dizer que só o Eusébio tem estátua, e da sua capacidade para conseguir sobreviver ao tanto triunfalismo que o rodeia) e o outro tocado pelo fair-play financeiro e por uma “bruma” subitamente resolvida numa decisão presidencial de se chegar à frente para minimamente salvar a honra do convento.

Neste quadro, a única dúvida pertinente que verdadeiramente me devia assaltar seria algo de um foro insolúvel porque profundamente intimista: perceber porque é que ainda me interesso e importo com este tão estranho submundo, dominado por resmas de vis virtudes e paletes de inconsequências nada edificantes...

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