(cartoon de Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
Neste momento especialmente feminino que se pretende seja vivido na Europa, a Alemanha já estava mais que vocacionada para tal – afinal, Angela Merkel já é chanceler desde 2005 e a CDU já lhe encontrou uma sucessora, Annegret Kramp-Karrenbauer, para ocupar o posto de secretária-geral desde finais do ano passado. A chegada de Ursula von der Leyen à presidência da Comissão Europeia deu assim lugar a um trio de notáveis alemãs no poder mas, como titulava o “Financial Times”, em clara mudança da guarda. Com Angela de saída e Annegret ainda a iniciar a recruta e com o seu pujante país a atravessar uma fase marcada por dificuldades económicas e riscos políticos, é o papel de Ursula que parece em condições de ir adquirir uma maior relevância de médio prazo – afinal, sempre vai ficar cinco anos à frente de uma Comissão que terá seguramente de enfrentar desafios brutais nos anos que aí vêm. Esperemos para ver o que se segue ao seu primeiro discurso no Parlamento Europeu, necessariamente eleitoralista mas não deixando de conter algum perfume de abertura à mudança.
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