terça-feira, 16 de julho de 2019

UM DIA DE DOMINGO



Não, obviamente que não pretendo aludir, com o título deste post, àquela bela canção romântica brasileira que ficou imortalizada pela dupla Gal Costa-Tim Maia. Reporto-me, isso sim, ao dia desportivo de sofá que uma conjunção de circunstâncias me acabou ontem por proporcionar. A dada altura, tive mesmo de escolher ativamente entre três grandes eventos simultâneos: a final masculina de Wimbledon, a final do mundial de hóquei em patins e uma meia-final da Taça das Nações Africanas. Gostos não se discutem, o futebol tende a predominar nos gostos da maioria, o Senegal tem Sadio Mané, a seleção portuguesa estava naquela final, mas nada naquela tarde me podia afastar (que não fosse em breves segundos de quebra) do épico jogo entre dois monstros do ténis mundial como são Roger Federer e Novak Djokovic. Terá sido seguramente a melhor partida de ténis a que foi me foi dado assistir nos dias da minha vida, disputada entre dois dos três portentos físicos e técnicos que atualmente pontuam na modalidade. Durou das duas às sete da tarde, integrou sucessivos momentos de rara beleza e qualidade, teve emoção e reviravoltas a rodos (Federer chegou a possuir dois championship-points) e terminou com um louvável desportivismo feito de elogios mútuos. Claro que Federer é Federer, a meu ver o maior de todos os tempos (e não apenas por já deter vinte títulos do Grand Slam) e também aquele que foi mais elegante e espetacular no court, mas nem sempre acontece uma vitória para quem mais merece (sem qualquer desprimor, naturalmente, para com o esforço e a garra demonstrados por Djokovic). Uma nota final para saudar os novos campeões de hóquei em patins, largamente à boleia de um coletivo que funcionou nos momentos devidos e de um guarda-redes como Ângelo Girão, que fez  uma exibição simplesmente magistral e quase do outro mundo...


(a partir de Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)


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