(cartoons de Joe Cummings, http://www.ft.com, Luis Grañena, http://www.tiempodehoy.com, Bram De Baere, https://www.bramdebaere.be e Henry Davies, https://www.thisismoney.co.uk)
A maratona europeia terminou com um empate técnico, algumas surpresas de última hora e um ponto positivo de caráter essencial.
Explico-me: (i) as ameaças de minorias de bloqueio produziram, reveladoramente, os seus efeitos de recuo nos euro-moderados e conduziram ao afastamento dos spitzenkandidaten dos lugares-chave (Timmermans, oriundo da área socialista, surgindo como o grande sacrificado), não obstante o PPE também ter tido de prescindir dos principais e mais triunfalistas objetivos que animavam o Grupo no seu todo; (ii) a ministra da Defesa Ursula von der Leyen foi a carta que Merkel tirou do baralho para salvar a sua face e a dos alemães à frente da Comissão, enquanto os espanhóis conseguiram puxar o socialista Josep Borrell para a liderança da política externa europeia (tenho as minhas dúvidas de que não tenham feito jogo duplo) e os belgas fizeram emergir o inconsequente liberal Charles Michel para o posto de comando do Conselho; (iii) Christine Lagarde no BCE acabou por ser o mal menor mais saboroso, sobretudo por assim se evitar uma indesejável marca ortodoxa alemã na sucessão de Draghi.
Para além destes dados mais relevantes, teremos Timmermans e Vertager nas primeiras vice-presidências da Comissão, uma consolação dificilmente tragável para os próprios e os seus Grupos, enquanto a combinada rotação entre Weber e Stanishev na presidência do Parlamento será um prémio à mediocridade e a tradução do grau zero de dignidade política em que mergulhou o mainstream europeu.
Por fim, e last but not least, talvez que afinal isto possa não ter ainda terminado – porque faltam os vereditos últimos do Parlamento e, o que não é de todo improvável, estes podem ir no sentido de o coletivo se decidir a fazer das suas...
Explico-me: (i) as ameaças de minorias de bloqueio produziram, reveladoramente, os seus efeitos de recuo nos euro-moderados e conduziram ao afastamento dos spitzenkandidaten dos lugares-chave (Timmermans, oriundo da área socialista, surgindo como o grande sacrificado), não obstante o PPE também ter tido de prescindir dos principais e mais triunfalistas objetivos que animavam o Grupo no seu todo; (ii) a ministra da Defesa Ursula von der Leyen foi a carta que Merkel tirou do baralho para salvar a sua face e a dos alemães à frente da Comissão, enquanto os espanhóis conseguiram puxar o socialista Josep Borrell para a liderança da política externa europeia (tenho as minhas dúvidas de que não tenham feito jogo duplo) e os belgas fizeram emergir o inconsequente liberal Charles Michel para o posto de comando do Conselho; (iii) Christine Lagarde no BCE acabou por ser o mal menor mais saboroso, sobretudo por assim se evitar uma indesejável marca ortodoxa alemã na sucessão de Draghi.
Para além destes dados mais relevantes, teremos Timmermans e Vertager nas primeiras vice-presidências da Comissão, uma consolação dificilmente tragável para os próprios e os seus Grupos, enquanto a combinada rotação entre Weber e Stanishev na presidência do Parlamento será um prémio à mediocridade e a tradução do grau zero de dignidade política em que mergulhou o mainstream europeu.
Por fim, e last but not least, talvez que afinal isto possa não ter ainda terminado – porque faltam os vereditos últimos do Parlamento e, o que não é de todo improvável, estes podem ir no sentido de o coletivo se decidir a fazer das suas...
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