As eleições gregas de ontem confirmaram o que era esperado: o primeiro regresso da “normalidade”, incluindo a das grandes famílias dinásticas no poder (Mitostakis, no caso vertente), após o desespero da crise da última década que levou Alexis Tsipras e uma certa extrema-esquerda à liderança do país. O que vai agora fazer o primeiro-ministro destes últimos quatro anos? Confesso o meu genuíno interesse e quase fascínio pela problemática: como vai ele lidar com a ausência, com os ataques judiciais de que vai ser alvo e com a hipótese de atualização das suas referências políticas? Entretanto, a extrema-direita, com a qual se coligou, foi castigada duramente e desapareceu do Parlamento, os socialistas (numa versão diferente e algo mais alargada do ex-PASOK) estão a pouco mais de 8% de representatividade e o movimento “Democracia na Europa” (DiEM25) de Yanis Varoufakis faz a sua entrada com 9 deputados. Vamos ter certamente política a acontecer na Grécia e eu, que lá não fui (como queria) durante o auge da crise, vou por lá passar para sentir o que me for permitido.
(Kak, http://www.lopinion.fr)
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