Se há tema que verdadeiramente incomoda e ofende na atual cena internacional, esse é o do Afeganistão. Onde se acaba de completar um ano sobre a terrível queda de Cabul às mãos dos talibãs, num contexto vergonhosamente permissivo da parte de uma administração americana cuja objetiva cumplicidade começou por radicar na agenda ideológica e nacionalista que Trump trouxe mas acabou por ter uma inqualificável sequência por via da incapacidade revelada por Biden em a afrontar, como o seu currículo lhe exigiria e como logicamente deveria decorrer das responsabilidades internacionais longamente acumuladas pelo seu país. Neste quadro, merece nota positiva a recente entrevista de Josep Borrell, o qual, a despeito de ser um personagem que se tem mostrado em manifesta insuficiência ao comando da política externa europeia, veio falar da necessidade de se “fazer um exercício de autocrítica sobre os esforços de criação de Estados” e de eventos potencialmente criadores de avanços e assim suscetíveis de catalizar a história ― enquanto o povo afegão sofre, especialmente os seus jovens e as suas mulheres, citemos o que bem diz a canção: “assim devera eu ser”...
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
UM ANO DE DESGRAÇA AFEGÃ
(Gallego & Rey, http://www.elmundo.es)
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