segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

DOS CAFÉS ÀS ATMOSFERAS

(Hans Baumgartner, residência de estudantes na Clausiusstrasse, Zurique, 1936, Colecção Hans Baumgartner, Fotostitfung Schweiz, Winterthur /VEGAP, Barcelona, 2006

À boleia do post de Freire de Sousa sobre o calendário 2012 de Raymond Burki (do 24 Heures de Lausana) sobre a exaltação da memória e da cultura dos cafés e das cafetarias da Europa) veio-me à memória o tema das atmosferas (urbanas) e um excerto precioso de uma conferência de um arquiteto (Peter Zumthor) sobre a fotografia acima:
“Interrogo-me como arquiteto: A magia do real – café na residência de estudantes, uma fotografia de Hans Baumgartner tirada na década de 1930. Estes homens gostam de estar aí sentados. Pergunto-me: posso eu, como arquiteto, projetar estas atmosferas, esta densidade, este ambiente? E em caso afirmativo como?” (Peter Zumthor, Atmosferas – Entornos arquitetónicos – As coisas que me rodeiam, Editora Gustavo Gili, Sl., Barcelona, 2006.
Esta passagem tem-me interpelado ao longo do tempo do ponto de vista das limitações de recriação do espaço público e privado inimitável pelas suas atmosferas. Mas também pode interpelar-nos do ponto de vista da memória e da cultura destes espaços.

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