Rio de Janeiro, Avenida 13 de Maio, Centro. Um acidente absurdo, impressionante nas marcas de destruição deixadas e nas vidas perdidas. A ter sido um imponderável inexplicável, foi mais uma vez a pequenez humana a ficar à vista. A ter sido incúria ou erro humano, foram os interesses do indivíduo (o privado) a impor-se aos esforços do coletivo (o público).
Pessoalmente, vi-me a recordar aquele recente dia de Dezembro em que caminhei pelo coração do Rio, circulando entre os dois magníficos símbolos da “Belle Époque” carioca que são a Confeitaria Colombo e o Theatro Municipal. E a revisitar uma leitura recente (“Um quarto desconhecido”, do sul-africano Damon Galgut): “Não há tema nenhum, nenhuma moral a retirar, à exceção da ideia de que numa manhã de céu limpo podem cair relâmpagos, arrasando tudo aquilo que construimos, tudo aquilo com que contávamos, deixando atrás de si destroços e a ausência de sentido. Pode acontecer a qualquer pessoa, pode acontecer-nos a nós.”…
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