segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ÂNGELO DURÃO

 
 
É o que dá passar fins de semana na nossa imensa província profunda, parca em sinal televisivo! Não fora a chamada de atenção de um amigo e ter-me-ia escapado a contundente presença de Ângelo Correia na TVI, sábado à noite. Sim, daquele engenheiro que, além de um dos mais perenes membros da classe político-empresarial indígena, dizem ter sido o conselheiro/protetor de Passos em tempos de caminhos tortuosos, tendo-se depois tornado o seu padrinho/superintendente, seguidamente o seu mentor/inventor e finalmente um seu simples amigo/avisador.
 
Assim falou Ângelo sobre o digníssimo presidente da Comissão Europeia e lídimo aspirante a futuro presidente da nossa infeliz República Portuguesa: “(…) E a rejeitar aquilo que o dr. Durão Barroso cinicamente anda a dizer, quando vem a Portugal às vezes dizer: ‘não, não, os governos é que querem fazer isso, não há imposições’. Como se ele, coitadinho, não soubesse o que a desorganização dele anda a fazer sobre nós, como se ele lavasse as mãos como Pôncio Pilatos de tudo aquilo que a Europa nos está fazer hoje em dia. A coisa pior que há em política é a indecência política e a falta de honestidade. Eu quando vejo pessoas assim, irrita-me. Totalmente, totalmente, totalmente, isso é uma falta de respeito pelo País. É estar a acusar-nos a nós que fomos nós que quisemos fazer isto e a Europa não tem nada a ver com isto. Nós escolhemos este caminho, a Europa não nos disse nada para o fazermos. (…)”.
 
Convenhamos que a postura de Durão não prima por falta de cinismo. Admitamos até que a criatura não seja particularmente organizada. Nada contra, ainda, que nela se encontrem motivos para irritação. Mas “falta de honestidade”, senhor engenheiro, a que se refere V. Exa.?

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