quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

CA-CA-CA


Diz o ditado que “mais vale cair em graça do que ser engraçado”. Pois no caso do mais alto magistrado da nossa nação, a coisa pareceu aplicar-se-lhe até tempos não muito longínquos mas a sua natureza egocêntrica, covarde e desajustada acabou por se revelar com nitidez aos olhos do português comum e ei-lo a cair em desgraça mesmo quando consegue ser minimamente engraçado. Refiro-me às dificuldades objetivamente criadas ao Governo pela sua decisão de pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização de três normas do OE 2013, mesmo não duvidando de quanto calculismo terá colocado no tempo e no modo, no conteúdo e na forma, no equilíbrio entre o cravo e a ferradura. Tantos anos habituado a passar “entre os pingos da chuva”, Cavaco ainda não se deu conta das necroses que o conduzem velozmente para um falecimento político que os cartoons destes dias assumem (exemplos acima) e que as ruas já descontaram: o seu…

Entrementes, e numa aparente contracorrente (?), dois “verdadeiros artistas” – para usar uma expressão cara ao António Figueiredo – vieram dar a sua cíclica prova de vida em mais uma inequívoca demonstração da reconhecida esperteza que os distingue. Falo de Camilo e de Catroga (ver capas abaixo), um a declarar que “o Governo e a troika estão a fazer o que eu defendo há 15 anos” (até que enfim!) e outro a voltar à ideia de “rever a Constituição para não ser um entrave à governação” (um inovador conceito de Estado democrático assente no primado da “espiral recessiva”!). Gente que não se mede…
 

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