sábado, 5 de janeiro de 2013

UM CABOTINO

 
Gérard Depardieu mostra-se como a encarnação de tudo quanto o meu “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea” da Academia das Ciências de Lisboa define como um cabotino. Por um lado, o indivíduo “revela cabotinismo” (“maneiras, modos, vida… de pessoa afetada, presumida”). Por outro lado, o ator situa-se algures a meio entre um “cómico ambulante” e um “mau comediante”. Finalmente, o cidadão “gosta de se exibir como se fosse importante” e ostenta “qualidades que não tem”, como quando se pronuncia sobre essa “grande democracia” que é a Rússia de que passou a ser “novo ícone”. Um completo cabotino, pois!

(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

Gordo e rico, sempre em função de uma hipotética taxa máxima de 75% sobre os seus rendimentos, o “Obélix” fartou-se do “Astérix”. Após ter ameaçado entregar o passaporte francês, anunciou a deslocação da sua cidadania para a Bélgica mas parece agora preferir Putin a Hollande. Porque os valores de Depardieu decorrem somente dos seus interesses, a saber: “liberté, égalité, moi!”...

(Jeff Danziger, http://www.nytimes.com)
 

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