quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O PRIMADO DA INCERTEZA



Um estudo recentemente publicado pela consultora McKinsey (pertinentemente referenciado pelo Financial Times) compara o comportamento do investimento na economia americana, no conjunto de países da OCDE e na União Europeia, com ênfase particular na UE15.
O resultado do confronto é fortemente penalizador para a UE. Aí se evidencia que, entre 2007 e 2011, o investimento nos 27 países da UE caiu globalmente cerca de 350 mil milhões de euros. Essa queda foi cerca de 20 vezes mais elevada do que a do consumo privado e 4 vezes mais forte que a do próprio produto.
O gráfico que abre este post mostra que também em termos de previsão o comportamento do investimento (medido pela formação bruta de capital fixo) na União Europeia será inverso do que vai observar-se na OCDE e nos Estados Unidos da América.
Moral da história: ao contrário do que a receita em curso tem propagado aos quatro ventos, não é a consolidação fiscal por si só que cria o ambiente de estabilidade e certeza capaz de fazer o investimento recuperar. A incerteza estrutural persiste. E até poderá dizer-se que a consolidação fiscal a todo o preço tenderá a fazer parte dessa incerteza. Para que se saiba.

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