quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ANTÓNIO DORNELAS

 
Morreu ontem em Lisboa, com apenas 61 anos, o sociólogo António Dornelas. Há quem, nestas ocasiões, se refira a estes desenlaces como um desses “mistérios” em que a vida é pródiga. Pessoalmente, confesso que o transtorno que a aleatoriedade me provoca não me faz elevar à categoria de mistério aquilo que só a natureza explica – fico-me, muito simplesmente, pela pequenez de uma revolta surda e sem destinatário.
 
Encontrei o António na minha encarnação lisboeta e com ele me cruzei inúmeras vezes em territórios pessoais, académicos e políticos comuns. Embora nunca lhe tenha sido suficientemente próximo para que possa dizer que o conhecesse bem, guardo dele a imagem de um homem de causas, íntegro e solidário. De um daqueles poucos que, preferindo optar pela segunda fila, nunca recusa estar presente e deixar a sua marca, assim se tornando imprescindível ao bom desempenho dos que o palco revela como mais visíveis. O António vai fazer falta…

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