Da sua prol de oito constam Caetano, de quem gosto muitíssimo, e
Bethânia, de quem também gosto bastante. Assim explicou um dia, com a
determinação que a imagem abaixo patenteia, o seu orgulho neles: “Porque eles
são ótimos filhos, amigos, irmãos, parentes. Então, é muita coisa. Aí tem. Mas
deles serem artistas, nem de serem essa glória, não tenho orgulho disso não.
Tenho orgulho porque eles são filhos mesmo.”
Deliciosas, as referências quase desprendidas de Dona Canô sobre
um (“Caetano, tudo que tocava no rádio, ele aprendia – era uma coisa horrível!”)
e a outra (“Faziam apresentações nas datas de festa do colégio e ela tomava
parte (…) mas, na hora de cantar, não gostavam porque ela tinha voz muito
grossa. (…) Hoje… até é uma ironia isso, né?”).
Correu mundo um ternurento excerto gravado (imagem acima) com os
três juntos a cantarem a “Oração da Mãe Menininha” que a filha compôs. E que Dona
Canô encerra com um “muito comovente!”, vindo lá bem do fundo de si. Talvez já
se imaginando longe desse amado terreiro baiano – o “cantuá” (Gantois), onde tá “a estrela mais
linda”, “o sol mais brilhante”, “a beleza do mundo”, “a mão da doçura”, “o
consolo da gente”, “a Oxum mais bonita” – e a ser mandada por Olorum para “tomar
conta da gente e de tudo cuidar”…
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