Reporto-me ao meu palpite de ontem, impulsionado por uma
intuição que me assaltara algumas horas antes de iniciada toda aquela deplorável
gritaria com que fomos brindados das bandas do Partido Socialista. Intuição
visivelmente falhada, agora que se conhecem as principais conclusões (?) da
reunião da Comissão Nacional do PS que terminou já esta madrugada.
Em termos substantivos, a capa do Diário de Notícias de hoje diz
o que parece essencial: “Costa mantém marcação a Seguro”. Tudo adiado, pois,
para próximas núpcias (se a oportunidade a tal se proporcionar…). Com o não
desprezível efeito de que o PS não irá aproveitar estes tempos menos
pré-eleitorais para a sua própria reflexão e definição interna nem irá estar em
adequadas condições para desempenhar um papel nuclear no contexto da eventual ocorrência
de uma crise política.
Acrescem três motivos de razoável perplexidade: enquanto Seguro
fez o que lhe cumpria fazer na defesa dos seus estritos interesses, porque terá
permitido que a extemporânea sobre reação de muitos membros da sua entourage viesse tornar ainda mais patente
a vulnerabilidade que os atinge? Não querendo crer em simples mau jeito da
parte de dinossauros políticos da envergadura de Pedro Silva Pereira e Vieira
da Silva, o que pretenderam eles afinal com o desencadear de tudo isto? Não
aceitando a tese de alguns, segundo a qual Costa é uma espécie de novo Vitorino
da área socialista, acreditará ele que Passos só irá estar verdadeiramente
podre lá mais para 2015 e/ou que a vitória autárquica atribuível a Seguro irá
ser menor do que por aí se vai prevendo?
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