quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AO LADO…

 
Reporto-me ao meu palpite de ontem, impulsionado por uma intuição que me assaltara algumas horas antes de iniciada toda aquela deplorável gritaria com que fomos brindados das bandas do Partido Socialista. Intuição visivelmente falhada, agora que se conhecem as principais conclusões (?) da reunião da Comissão Nacional do PS que terminou já esta madrugada.
 
Em termos substantivos, a capa do Diário de Notícias de hoje diz o que parece essencial: “Costa mantém marcação a Seguro”. Tudo adiado, pois, para próximas núpcias (se a oportunidade a tal se proporcionar…). Com o não desprezível efeito de que o PS não irá aproveitar estes tempos menos pré-eleitorais para a sua própria reflexão e definição interna nem irá estar em adequadas condições para desempenhar um papel nuclear no contexto da eventual ocorrência de uma crise política.
 
Acrescem três motivos de razoável perplexidade: enquanto Seguro fez o que lhe cumpria fazer na defesa dos seus estritos interesses, porque terá permitido que a extemporânea sobre reação de muitos membros da sua entourage viesse tornar ainda mais patente a vulnerabilidade que os atinge? Não querendo crer em simples mau jeito da parte de dinossauros políticos da envergadura de Pedro Silva Pereira e Vieira da Silva, o que pretenderam eles afinal com o desencadear de tudo isto? Não aceitando a tese de alguns, segundo a qual Costa é uma espécie de novo Vitorino da área socialista, acreditará ele que Passos só irá estar verdadeiramente podre lá mais para 2015 e/ou que a vitória autárquica atribuível a Seguro irá ser menor do que por aí se vai prevendo?

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