Por razões meramente circunstanciais, já há
alguns meses não passava por Lisboa. Por isso não me apercebera da intervenção
realizada na Duque d’Ávila, afinal um eixo relevante que liga a Alameda
praticamente à Gulbenkian. O que para mim não é indiferente pois o escritório
da QP é na 5 de outubro e tenderei a ser utilizador acidental do espaço.
Uma intervenção relativamente simples, utilizando
fundos de contrapartida de investimentos da rede de Metro na cidade, que fixa
apenas um sentido de tráfego, reduz uma via e aproveita o espaço disponível
para a sua humanização, com aposta na componente dos fluxos pedonais e
convidando a iniciativa privada a animar uma sequência quase linear de
esplanadas. Não tenho experiência sistemática de utilizador frequente para
avaliar o que é que esta combinatória de intervenções relativamente simples tem
proporcionado em termos de atmosferas de convivialidade numa artéria que é essencialmente
ainda uma via de serviços. Apenas refiro a intervenção como ilustração de que o
fazer cidade afinal não é nada de outro mundo, apenas uma espécie de combinação
de coisas simples, que umas vezes funcionam, outras não.
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