Não deixa de corresponder, até certo ponto, a uma nova dose de um prato algo requentado. Um prato que foi repetidamente servido nos anos 80 e 90 do século passado a propósito dos grandes desígnios europeus de então – o mercado único e a moeda única, respetivamente – através do chamado “Relatório Cecchini” (1988) sobre os “custos da não-Europa”. Refiro-me ao “Mapping the Cost of Non-Europe, 2014-19”, um trabalho de significativo fôlego que está em curso no âmbito do EPRS - Serviço de Investigação do Parlamento Europeu (“European Added Value Unit”), em colaboração com o gabinete do seu Secretário-Geral e com um outro serviço especializado (“Economic Governance Support Unit”).
Foi recentemente divulgado o segundo relatório de progresso deste estudo, após uma primeira publicação em março. Procurando servir o objetivo central de contribuírem para o debate em torno das prioridades políticas da União Europeia, designadamente ao longo do ciclo institucional que agora se abre, os autores recorrem à dita metodologia de identificação e análise quantificada do “custo da não-Europa” em variados domínios de política; ou, ao invés, estimam os benefícios potenciais para a economia europeia, realizáveis ao longo de um largo espetro temporal, na decorrência de uma efetiva prossecução das políticas elencadas.
Segundo os cálculos provisórios mais completos (síntese no mapa acima), a conclusão já aponta para um ganho económico anual em torno dos 990 mil milhões de euros (cerca de 7,5% do PIB da UE), com o detalhe de quase dois terços do benefício provir de duas áreas específicas (mercado único digital e mercado único “clássico”, i.e., para os consumidores e cidadãos) de cuja chave de repartição majorada (“building blocks”) dão conta os quadros seguintes. De mencionar ainda a importância (ascendendo a um total de 170 mil milhões) atribuída às reformas a levar a cabo no setor de serviços financeiros, às implicações esperadas do acordo comercial transatlântico e à integração dos mercados energéticos.
Foi recentemente divulgado o segundo relatório de progresso deste estudo, após uma primeira publicação em março. Procurando servir o objetivo central de contribuírem para o debate em torno das prioridades políticas da União Europeia, designadamente ao longo do ciclo institucional que agora se abre, os autores recorrem à dita metodologia de identificação e análise quantificada do “custo da não-Europa” em variados domínios de política; ou, ao invés, estimam os benefícios potenciais para a economia europeia, realizáveis ao longo de um largo espetro temporal, na decorrência de uma efetiva prossecução das políticas elencadas.
Segundo os cálculos provisórios mais completos (síntese no mapa acima), a conclusão já aponta para um ganho económico anual em torno dos 990 mil milhões de euros (cerca de 7,5% do PIB da UE), com o detalhe de quase dois terços do benefício provir de duas áreas específicas (mercado único digital e mercado único “clássico”, i.e., para os consumidores e cidadãos) de cuja chave de repartição majorada (“building blocks”) dão conta os quadros seguintes. De mencionar ainda a importância (ascendendo a um total de 170 mil milhões) atribuída às reformas a levar a cabo no setor de serviços financeiros, às implicações esperadas do acordo comercial transatlântico e à integração dos mercados energéticos.
Um tema a reclamar mais atenção, sobretudo se a cacofonia da conjunção de menoridades políticas não insistir em fazer novos estragos...
(Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)
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