domingo, 31 de agosto de 2014

O SOBE E DESCE DA SEMANA (IX)


Última semana de um estranho agosto. Enquanto os destaques positivos continuam a escassear gritantemente – refugio-me no desporto, entre a sensibilidade social de um jovem vimaranense de 25 anos que é o melhor tenista profissional português de sempre (35º lugar no ranking de simples mundial) mas não permite que se confunda a pressão a que está sujeito em competição com a de um chefe de família desempregado, por um lado, e a primeira consagração de um treinador de futebol importado do País Basco para levar um FCPorto por si reconstruído à décima-nona presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, por outro –, os negativos não cessam de abundantemente pulular.

Deixando para outras núpcias a inspirada entrevista de Daniel Proença de Carvalho ao “Diário Económico” (DE) e as declarações de vários responsáveis por algumas estrondosas derrapagens autárquicas, escolho três casos marcadamente exemplares: o líder da oposição, do alto da sua enfadonha e já entediante superioridade moral, a vir por a nu a sua imensa imaturidade política; a ministra das Finanças, do alto do descaramento a que se autoriza impulsionada pela sua reconhecida capacidade técnica e política, a vir exibir habilidosamente a imensa inabilidade governativa em termos de gestão da máquina do Estado e respetivas gorduras; o diretor do DE (António Costa por infeliz acaso), do alto da sua palavrosa presunção, a vir satisfazer a encomenda de funcionar como mensageiro subliminar da sobrevivência política de um Passos que – e não faz a coisa por menos! – “deixa a mudança estrutural da economia para a próxima legislatura”...

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