quarta-feira, 20 de agosto de 2014

BARENBOIM, SAMPAIO E ESTUDANTES SÍRIOS



O maestro e pianista Daniel Barenboim é um artista de grandes causas. Aprecio muito esta capacidade de alguns dotados de permanecer civicamente ativos e empenhados e não deixar por isso de prezar a sua arte. Para além disso, o facto de ter conseguido de novo levar a minha diva do piano Martha Argherich ao Colón de Buenos Aires depois de tantos anos colocou-o para sempre nos meus prediletos.
A ação diplomática internacional do ex-Presidente da República Jorge Sampaio e da sua assessora diplomática Helena Barroco (bem haja Cara Helena por tanta energia) começa a ser reconhecida pelos que sabem distinguir entre grandes e úteis causas e feiras de vaidades. Esta ação diplomática preza bem a tradição progressista e de tolerância do seu pensamento político e da mais pura tradição do socialismo democrático do tempo em que a sua relevância nas grandes causas internacionais não era esquecida.
Os estudantes sírios refugiados em vários países, entre os quais em Portugal, em busca de uma formação que lhes permita, num futuro que se espera não seja tão longínquo como isso, intervir proactivamente num país devastado pela combinação explosiva de poder sanguinário e inépcia política europeia e americana, constituem uma causa nobre.
Ora, estas três realidades juntam-se em 28 de setembro de 2014, pelas 15 horas, em Bruxelas, para um concerto de beneficência em que Barenboim tocará Schubert. O local será o Palais des Beaux Arts.
Caros amigos e andarilhos das questões europeias, se forem apanhados em Bruxelas nessa data, não hesitem em dar a mão a esta causa. O drink ou a cerveja, artesanal ou mais padronizada, que possam tomar depois do concerto, numa praça ou esplanada a descobrir, serão seguramente mais saborosos.

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