Os economistas dividem-se para mim em dois
grandes grupos: os que são seduzidos por mapas e os que lhe são indiferentes. Ou
seja, uma outra maneira de ser ou seduzido pelo território e pelo espaço. Como
pertenço ao primeiro grupo, partilho hoje um tipo de mapas que podem ser
produzidos com recurso a software
extremamente acessível, que no fundo não faz mais do que registar em tempo real
as nossas movimentações no espaço, por exemplo numa cidade. Não é por acaso que
os designo de mapas subjetivos, pois neste caso são os próprios cidadãos que no
âmbito do respeito pela sua privacidade decidem trabalhar a informação por si
próprio gerada. Como é obvio, este tipo de software pode ter utilizações menos
recomendáveis.
No caso vertente, via Business Insider (link aqui), sempre uma fonte de surpresas e curiosidades, o
designer holandês Vincent Meertens (link aqui) e a sua companheira decidiram durante um ano
monitorizar as suas deslocações em Nova Iorque, utilizando o Open Paths, construindo
uma espécie de diário pessoal de deslocações na cidade. Os símbolos a azul
representam pontos de check-in do próprio
Vincent, os vermelhos representam informação similar relativa à sua companheira
e os pontos amarelos os sítios em que tiraram fotografias. As linhas entre os
referidos pontos representam rotas na Cidade.
O mapa daqui resultante configura uma dada
subjetividade de vivência da Cidade.
A propósito e no espaço meramente informacional,
seria interessante dispor com software adequado de um registo das movimentações
do mês de julho no BES, já que acabámos de saber que alguns hedge funds se empantorraram de dólares
tirando partido de meros jogos especulativos com a queda vertiginosa das ações
do defunto BES.
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