quarta-feira, 6 de agosto de 2014

MAPAS SUBJETIVOS



Os economistas dividem-se para mim em dois grandes grupos: os que são seduzidos por mapas e os que lhe são indiferentes. Ou seja, uma outra maneira de ser ou seduzido pelo território e pelo espaço. Como pertenço ao primeiro grupo, partilho hoje um tipo de mapas que podem ser produzidos com recurso a software extremamente acessível, que no fundo não faz mais do que registar em tempo real as nossas movimentações no espaço, por exemplo numa cidade. Não é por acaso que os designo de mapas subjetivos, pois neste caso são os próprios cidadãos que no âmbito do respeito pela sua privacidade decidem trabalhar a informação por si próprio gerada. Como é obvio, este tipo de software pode ter utilizações menos recomendáveis.
No caso vertente, via Business Insider (link aqui), sempre uma fonte de surpresas e curiosidades, o designer holandês Vincent Meertens (link aqui) e a sua companheira decidiram durante um ano monitorizar as suas deslocações em Nova Iorque, utilizando o Open Paths, construindo uma espécie de diário pessoal de deslocações na cidade. Os símbolos a azul representam pontos de check-in do próprio Vincent, os vermelhos representam informação similar relativa à sua companheira e os pontos amarelos os sítios em que tiraram fotografias. As linhas entre os referidos pontos representam rotas na Cidade.
O mapa daqui resultante configura uma dada subjetividade de vivência da Cidade.
A propósito e no espaço meramente informacional, seria interessante dispor com software adequado de um registo das movimentações do mês de julho no BES, já que acabámos de saber que alguns hedge funds se empantorraram de dólares tirando partido de meros jogos especulativos com a queda vertiginosa das ações do defunto BES.

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