Devagar devagarinho, lá vai fazendo o seu caminho a estratégia de Merkel para um próximo comando da União Europeia que lhe seja essencialmente atreita e obediente. Primeiro, conseguiu resolver a seu contento a difícil questão da presidência da Comissão, acabando por instrumentalizar Juncker após várias manobras táticas em que torpedeou o francês Barnier e o seu compatriota socialista Schulz, conduzindo aquele a um quase aposentado silêncio e reduzindo as ambições deste a uma expressão comodamente gerível.
Depois de uns dias de férias, dedicou-se à questão da presidência do Eurogrupo, entregando-a através do amigo Rajoy ao ministro da Economia espanhol Luis de Guindos que tanto contribuíra para eclipsar qualquer voz reivindicativa da Espanha ao longo destes anos na expectativa de conseguir a desejada nomeaçãozinha – não que sejam previsíveis grandes diferenças entre a prestação de Luisito e a do seu antecessor Dijsselbloem (um alegado social-democrata que reportava cegamente a Schäuble), mas sempre é de bom tom premiarmos os nossos em relação aos outros.
Agora parece que se prepara para entregar a presidência do Conselho ao europeísta e poliglota polaco Donald Tusk, caso em que um eventual vencimento de causa lhe permitirá de seguida a insignificante flor de entregar a Renzi os inexistentes negócios estrangeiros da União.
Com aqueles resultados eleitorais, só com mais socialistas de um só país (ainda?) seria possível obter pior...
Com aqueles resultados eleitorais, só com mais socialistas de um só país (ainda?) seria possível obter pior...
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