terça-feira, 12 de agosto de 2014

OH CAPTAIN, MY CAPTAIN



Dizem que hoje é Dia da Juventude. Não sei muito bem o que isso significa, mas não falta por aí quem lembre as desgraças que assolam a nossa – o “Público”, por exemplo, salienta que perdemos meio milhão de jovens na última década e sintetiza assim o essencial: “Os jovens de hoje ganham menos do que os de há dez anos. E a diferença de salário para os pais aumentou. Mais pobres e sem trabalho, muitos emigraram, debilitando o país na sua capacidade de renovação.” 

Geracionalmente envergonhado, sigo adiante. Até porque foi também já hoje que se soube da morte/suicídio de Robin Williams. Um ator indiscutivelmente talentoso que, todavia, não se contava entre os meus diletos, embora fosse – vejam os facebooks dos vossos filhos e amigos – um verdadeiro ícone para tantos e tantos jovens, sobretudo pelo fascínio com que viveram o melhor dos filmes que protagonizou (“Clube dos Poetas Mortos”, para muitos um filme de culto), pela força com que retiveram os ensinamentos daquele heterodoxo Mr. Keating que propunha o carpe diem (“seize the day, boys”) como um lema de vida (ver outros momentos inesquecíveis na ilustração abaixo, com destaque para aquela utilização extensiva da frase em título com que o poeta Walt Whitman homenageou Abraham Lincoln) e pela indiferenciação com que o seu imaginário passou doravante a identificar o professor e o ator. Um desaparecimento que coincide, nem de propósito, com aquele dito simbólico dia...

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