sexta-feira, 1 de agosto de 2014

LEITURAS DE FÉRIAS



Uma passagem de circunstância pela Ler Devagar na Lx Factory permitiu-me eleger ao acaso quatro leituras de férias, que partilho.
O deambular aleatório por uma livraria e pelas suas mesas (gosto mais das mesas do que das estantes) é das minhas atividades preferidas de flâneur (les flâneurs se promènent doucement), um raro momento em que o ócio é descanso efetivo.
E aqui estão as minhas escolhas:
Honoré de Balzac – A arte de pagar as suas dívidas e de satisfazer os seus credores sem gastar um cêntimo, Edição Nova Delphi (com prefácio de José Viale Moutinho)
Um livro que recomendo sobretudo à família Espírito Santo.
Miguel de Unamuno – Portugal Povo de Suicidas – Edição Letra Livre
É famosa a afirmação de Unamuno de que os portugueses são uns invertebrados. Ela consta e é analisada pela grande maioria das obras que se preocupam com a matriz identitária dos portugueses. Este tipo de categorias sem uma correspondência sociológica rigorosa são extremamente discutíveis, mas em período de férias tudo se contorna. Nos últimos tempos, temos lançado para o terreno novas evidências que talvez reforçassem a reflexão de Unamuno.
Boris Vian, A Espuma dos Dias, EdiçãoRelógio d'Água
Tempo para recordar a escrita fortemente visual de Vian e isso basta.

Pedro Mexia – Lei Seca – Diários 2009-2012, Edição Tinta da China
Um dos intelectuais mais estimulantes da geração mais nova, uma cultura que intimida, e sobretudo a oportunidade de o ler mais sistematicamente.
Boas leituras.

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