Até aflige! O que por aí se vai passando com o caso BES é realmente de um dramatismo ímpar, embora tudo leve a crer que a solução a anunciar esta noite pelo governador do Banco de Portugal seja a única possível e desejável (mais detalhe, menos detalhe) e com as imprescindíveis credibilidade e isenção perante as circunstâncias. Veremos...
Entretanto, e num plano diverso, o dito caso é também sintomático do voyeurismo e do fala-baratismo ignorante que grassa por este País. Veja-se a exemplaridade do que foi a contrainformação ao longo do último fim de semana, a qual atingiu os seus momentos televisivos culminantes com Marques Mendes, de ares doutorais irritantemente assumidos, a antecipar a comunicação de Carlos Costa e os dois Pedros comentadores (Marques Lopes e Adão e Silva) a comentarem desencontradamente e ao desafio as aparências da situação em presença (um defendendo a intervenção pública para estancar os estragos de um buraco que decretou por sua livre recreação ser bem menor do que se diz, outro criticando uma alegada nacionalização e o seu prejuízo para os contribuintes). Tirem-nos deste filme!
Adenda pós-comunicação do governador Carlos Costa (visivelmente nervoso, naturalmente cansado, mas rigoroso, seguro e esclarecedor): e a coisa segue, porque a asneira é livre e ainda não paga imposto! Nos canais de informação com maior audiência, a SIC Notícias ainda teve algum pudor e convidou um jornalista conhecedor (Vieira Pereira) e outro de boas fontes (José Gomes Ferreira) para esclarecerem os contornos possíveis do problema, mas a TVI 24 e a RTP Informação levaram a sua incúria ao ponto de darem tempo de antena a dois verdadeiros cromos – um professor do ISEG incapaz de completar uma ideia (Landeiro Vaz) e um “especialista em mercados financeiros” provavelmente preocupado com os maus aconselhamentos que tem proporcionado aos seus clientes (Marco Silva) – e a um jovem (Ricardo Arroja, Arrojinha de nickname) que, na esteira do liberal e ofuscante pai Pedro, lá foi confessando que tudo aquilo era jurídico e que essa não era a sua área de conhecimento! Portugal está perigoso e isto já não vai lá com amadorismos primários, meus senhores!
Entretanto, e num plano diverso, o dito caso é também sintomático do voyeurismo e do fala-baratismo ignorante que grassa por este País. Veja-se a exemplaridade do que foi a contrainformação ao longo do último fim de semana, a qual atingiu os seus momentos televisivos culminantes com Marques Mendes, de ares doutorais irritantemente assumidos, a antecipar a comunicação de Carlos Costa e os dois Pedros comentadores (Marques Lopes e Adão e Silva) a comentarem desencontradamente e ao desafio as aparências da situação em presença (um defendendo a intervenção pública para estancar os estragos de um buraco que decretou por sua livre recreação ser bem menor do que se diz, outro criticando uma alegada nacionalização e o seu prejuízo para os contribuintes). Tirem-nos deste filme!
Adenda pós-comunicação do governador Carlos Costa (visivelmente nervoso, naturalmente cansado, mas rigoroso, seguro e esclarecedor): e a coisa segue, porque a asneira é livre e ainda não paga imposto! Nos canais de informação com maior audiência, a SIC Notícias ainda teve algum pudor e convidou um jornalista conhecedor (Vieira Pereira) e outro de boas fontes (José Gomes Ferreira) para esclarecerem os contornos possíveis do problema, mas a TVI 24 e a RTP Informação levaram a sua incúria ao ponto de darem tempo de antena a dois verdadeiros cromos – um professor do ISEG incapaz de completar uma ideia (Landeiro Vaz) e um “especialista em mercados financeiros” provavelmente preocupado com os maus aconselhamentos que tem proporcionado aos seus clientes (Marco Silva) – e a um jovem (Ricardo Arroja, Arrojinha de nickname) que, na esteira do liberal e ofuscante pai Pedro, lá foi confessando que tudo aquilo era jurídico e que essa não era a sua área de conhecimento! Portugal está perigoso e isto já não vai lá com amadorismos primários, meus senhores!
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