quarta-feira, 20 de agosto de 2014

AFINAL É MARINA?



A democracia, ai a democracia! Então não é que, ainda não há um mês, aqui me pronunciei sobre as perspetivas associadas às presidenciais brasileiras em curso e já tudo mudou apenas devido ao trágico acidente de um dos candidatos, por sinal aquele (Eduardo Campos) que ocupava um modesto e distante da vitória terceiro lugar nas sondagens.

De facto, e repentinamente, uma clara bipolarização entre Dilma e Aécio abriu espaço a uma inesperada incerteza a três com a chegada daquela que será certamente a candidata que o PSB escolherá para substituir Campos (Marina Silva). Segundo o Datafolha, os brasileiros que em meados de julho se declaravam indecisos ou votantes em branco ou nulo (35% do total) terão diminuído drasticamente para 22% em meados de agosto, com os restantes 13% a transferirem as suas intenções de voto Marina – e a única explicação plausível para este registo é realmente a queda do avião que vitimou o ex-governador pernambucano e toda a parafernália emocional que se registou em torno do infausto acontecimento.

Mas mais: Marina, sem nada ter feito em concreto e só por poder vir a constar do boletim de voto no lugar de Campos, passou a evidenciar com larga diferença favorável o melhor índice de rejeição atribuído aos três candidatos mais representativos (apenas 11% contra 34% da atual presidente) e a surgir como hipotética vencedora de uma segunda volta em que viesse a defrontar Dilma. Eu que até achava que os brasileiros são bastante determinados politicamente e significativamente esclarecidos na definição das suas escolhas democráticas!


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