sábado, 30 de outubro de 2021

DA FADIGA FISCAL

(cartoon de Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es) 

Tenho acumulado comprovativos concretos de que a fadiga fiscal terá atingido mesmo um ponto de não retorno no nosso jardim à beira-mar plantado. Mais do que razões, que também contam, associadas à nossa competitividade e atratividade, são os cidadãos que pagam impostos — leia-se a classe média que vamos tendo e os jovens em início de vida — os principais atingidos e os grandes descontentes com um tal estado de coisas (que contribui, ademais, para alimentar populismos indecorosos). A situação não é diferente na “vizinha Espanha”, onde Pedro Sánchez navega igualmente à vista (até com alguns caricatos requintes suplementares) e igualmente atrelado a um quadro político pouco mais do que insustentável. Em contraste, o bom senso e a experiente lucidez de Mario Draghi sobressaem nas opções do orçamento italiano, onde a carga fiscal surge reduzida de modo tão significativo quanto os menos 12 mil milhões de receita de que prescindirá. Um exemplo a observar, sem prejuízo do fator adicional que advém do nosso triste estado de necessidade.


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