Todas as manhãs recebemos nos nossos telemóveis constantes mensagens informativas em real time, acompanhadas de mais ou menos judiciosos comentários políticos. Sobre essa matéria, abro hoje — dia histórico, para o bem e/ou para o mal, para a nossa democracia — uma exceção que julgo compreensível ao selecionar algumas dessas curtas análises (aliás bastante diferenciadas na sua lógica substantiva) como devendo ser lidas e retidas na perspetiva de um mais adequado entendimento sobre o que esteve e está em causa, agora que pela primeira vez um Orçamento de Estado chumba no Parlamento e assim se irá abrir uma inesperada e indesejada crise política. O que virá, mais em concreto, é ainda dificilmente previsível, pelo que não quero incorrer em palpites voluntaristas ou adivinhatórios. O que sabemos desde já a partir de hoje, isso sim, é que António Costa falhou em toda a linha ao protagonizar, aliás teimosamente muito mal-acompanhado e com a perigosidade de Marcelo à trela, uma tática sem estratégia que não se lhe augurava quando, em 2015, se apresentou ao País como reintegrador da esquerda nas opções de governação, como expoente de uma menos austeritária política económica, como agente declarado de uma nova esperança de futuro.
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