Mais um produto do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação a registar. Desta vez, estiveram sob escrutínio por parte de mais de 600 jornalistas de 117 países um incrível total de 12 milhões de ficheiros com origem em 14 escritórios de advocacia especializados na criação de companhias offshore em vários dos grandes paraísos fiscais, resultando a exposição de negócios e patrimónios de 35 líderes mundiais e de mais de 330 políticos e altos funcionários de 91 países e regiões. Um verdadeiro trabalho de serviço público que assim vai descobrindo carecas (“caixas de Pandora”) e outras manifestações de falta de transparência que grassam no cínico submundo mais respeitado do nosso “mundo imundo”.
De notar, ainda, as três presenças portuguesas mais relevantes que constam dos resultados divulgados (Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas), não tendo cabimento analisar aqui a qualquer nível de detalhe as razões de cada qual e as maiores ou menores “legitimidades” em presença — que os “acusados” se expliquem, então, como aliás já começaram a procurar fazer, apenas sendo de apontar antecipadamente as regras do jogo a deverem ser respeitadas, duas delas não sendo a da estrita legalidade do fenómeno da fuga ou maximização da eficiência fiscal nem a de “quem não tem cão, caça com gato”...
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