Em França, os motores começam a aquecer com vista às presidenciais de maio próximo. As várias áreas políticas estão ainda em fase de definirem o seu principal candidato (mais avançada a socialista, que parece querer fixar-se em Anne Hidalgo, do que os ecologistas, que estão em pleno e algo conturbado processo de decisão, e a direita, que ainda discute entre três favoritos possíveis), com a extrema-direita atravessada por um dúvida intestina decorrente do aparecimento na cena dos possíveis candidatos de um eventual challenger da habitual Marine Le Pen, o reacionário e radical cronista Eric Zemmour que vai agitando as águas da opinião pública, irritando e inquietando as hostes do “Rassemblement National” (com o velho Jean Marie Le Pen a deitar divertidamente achas na fogueira) e subindo paulatinamente nas intenções de voto dos franceses (vejam-se, acima, a poll of polls, que já o coloca a 14% contra os 20% de Marine, uma sondagem europeia, que já o situa quase ao nível de Marine, e uma sondagem recentíssima, que veio bousculer la campagne numa confirmação disso mesmo). O momento é, como disse, de motores a aquecerem e o certo é que muita água ainda correrá debaixo da ponte, sobretudo para o atual presidente Macron (que ainda não se decidiu cabalmente quanto ao posicionamento estratégico que irá adotar, aspeto decisivo para a sua maior ou menor probabilidade de sucesso de reeleição). Vamos indo e vamos vendo...
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