Primeiro foi o “Correio da Manhã” na sua quotidiana procura de porcarias tão escandalosas quanto possível (manchete acima). Jamila Madeira foi assim acusada de uma acumulação de funções que, não tendo sido certamente bonita de se conhecer, estava legalmente coberta por uma comunicação parlamentar e respetiva autorização em tempo devido. Um tema entretanto esvaziado com a sua decisão de demissão na REN e correspondente vinda a público de Alexandra Leitão no sentido de o declarar morto em sede de verificação pela comissão responsável da Assembleia da República.
Só que, entretanto, a sanha jornalística já tinha prosseguido, tendo, aliás, ao comando alguns órgãos de comunicação social tidos por mais responsáveis. Como a SIC, muito especialmente. Pois não é que estes foram desencantar na declaração de interesses de Jamila a presença de títulos de cinco empresas (aposto singelo contra dobrado que numa dimensão irrelevante porque absolutamente marginal) e daí a possibilidade (ou mesmo a certeza deles) de um grave conflito de interesses no exercício das suas funções parlamentares!
A verdade é que já bastam os casos e casinhos que o governo vai suscitando ― e de forma assaz imaginativa, diga-se de passagem ― para que não sejam exigíveis limites para a invenção desmedida, incompetente e sem escrúpulos. Aqui deixo o meu apelo para que esta gente abandone de vez a dedicação do seu precioso tempo a tal tipo de brincadeiras, tão infantis quanto impropriamente alimentadoras de confusões desviantes.
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