terça-feira, 17 de janeiro de 2023

GUERRA DO PACÍFICO

 


(Embora de âmbito e diversidade bem inferior ao do seu equivalente em Lisboa, o serviço cultural do El Corte Inglês em Vila Nova de Gaia lá vai fazendo o seu caminho. Frequentei em 2022 o curso de 11 sessões sobre o Islão coordenado pelo Professor Vítor Teixeira e regresso frequentando um novo curso coordenado também pelo Professor Vítor Teixeira, agora subordinado ao tema da Guerra do Pacífico, com 8 sessões. O tema interessou-me sobretudo porque precisava de bases de interpretação histórica para compreender os antecedentes da emergência do Pacífico no momento atual da globalização, impulsionado pelo momento particular em que o modelo chinês se encontra e pela contraofensiva protagonizada pelos EUA em colaboração com o Reino Unido e Austrália, que colocou a Europa numa situação bem delicada de perda de protagonismo, coincidente com a queda do Atlântico como centro do mundo. Entretanto, a talhe de foice, também a situação particular e atual do modelo japonês me interessava. Tudo desemboca nos antecedentes da Guerra do Pacífico.

 

Tinha uma ideia algo difusa sobre as relações existentes entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Pacífico, mas faltava-me conhecimento para compreender as razões da autonomização desse conflito face à Segunda Guerra Mundial e sobretudo perceber o seu começo anterior (1937) aos acontecimentos que precipitaram esta última.



As minhas incursões sobre os modelos de crescimento económico do Japão, Coreia do Sul e, mais recentemente, do Vietname proporcionaram-me algumas luzes. O filme de Clint Easwood sobre Iwo Jima (Cartas de Iwo Jima) ofereceu-me alguns elementos complementares, mas nunca tinha compreendido bem as razões da entrada do Japão na Guerra e o envolvimento de países com as Filipinas, a Malásia e a própria China e não esquecendo também Macau e Singapura.

Integro essa dificuldade no que designo de estranheza ocidental para com os mundos do leste (a própria designação oriente pressupõe o referencial do ocidente como matriz) e sabemos hoje, melhor do que nunca, do pouco que temos para oferecer como modelo, a não ser os valores de uma democracia cada vez mais ameaçada.

Combinando a sua rara capacidade de combinação de elementos da história, da economia, da geografia e da arte, o estilo do coordenador do curso é cativante, mesmo que por vezes algo caótico, tal é a caterva de elementos de informação que são mobilizados e sobretudo de diversidade de fontes de informação.

É um fim de tarde diferente e, ao contrário do que diz o outro, burro velho sempre aprende, o que precisa é de motivação.

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