Desde que terminou o Mundial que o futebol tem andado largamente arredado deste espaço. Corrijo o tiro, hoje, com uma síntese das gordas que por estes dias cá ocuparam as parangonas em termos clubistas, leia-se benfiquistas. A melhor foi a escolha de “A Bola”, a saber: “Rui Costa, o Homem do Ano”. Razões? Não terão sido os títulos que não ganhou durante 2022 mas sim a enorme expectativa que enche a “alma encarnada” (adeptos e comentadores televisivos) quanto a um possível campeonato a vencer em maio e, porque não?, também a uma conquista da Champions por parte da invencível equipa de Schmidt (até que veio Braga...). Se o ridículo matasse...
A toda esta ilusão veio entretanto sobrepor-se a pouco edificante novela Enzo Fernández (foge para a Argentina sem autorização, depois volta e é perdoado enquanto se aguarda por um desfecho em relação à sua hipotética contratação pelo Chelsea ao valor da cláusula de rescisão). Sendo que o scouting encarnado lá descortinou mais uns miúdos nórdicos de nomes impronunciáveis nos quais aplicar por conta parte do ganho líquido a obter com aquela venda (ou, caso ela não suceda, verbas provenientes de outras origens, já que “massa” é coisa que abunda para os lados da Luz sob a esclarecida batuta de Rui Costa).
Em paralelo, e numa dimensão extra-clubística, lá tivemos a escolha mal explicada de Roberto Martínez para selecionador nacional (estou como dizia alguém, com graça: “para ser um tipo que não fala português, até talvez preferisse o Jorge Jesus!”) e a definitiva deslocação de Cristiano Ronaldo para a Arábia Saudita (onde acabará sem glória uma carreira que bem teria justificado outro fim). Com o espanhol a ter como seu primeiro ato oficial uma ida a Riade para um inaceitável beija-mão a um capitão que o não soube ser no Catar. É futebol!!!
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