Já foi no final do terceiro trimestre de 2011 que o meu amigo António Figueiredo se me dirigiu sondando a hipótese de eu aderir a um grupo que pretendia se atirasse à aventura de lançar um blogue sobre matérias diversas de cariz económico, social, político e outro, com especial enfoque na análise aplicada e no planeamento e sua prática mas sem excluir ideias, incursões teóricas ou dimensões de natureza pessoal (vivenciais, impressionistas ou avulsas) e tendo um alcance geográfico tão vasto quanto o de realidades portuguesas (macro ou micro e regional ou local) ou o de realidades internacionais (igualmente sem restrições de prioridade) ― em suma, uma coisa livre e aberta, que logo se me tornou, portanto, agradável ao ouvido. Com o acréscimo positivo de a ideia partir de alguém cuja espessura, competência e seriedade pessoal sempre me calou fundo desde os longínquos tempos da FEP dos anos 70 do século passado (com inúmeras e variadas réplicas subsequentemente reafirmadas até aos dias de hoje). Depois, lá viemos a público, primeiro algo timidamente e com diferentes participações, gradualmente ficando reduzidos a estes dois que ainda por cá andam e quase totalmente contribuíram para completar, no dia de hoje, o extraordinário número redondo de dez mil posts. Não querendo pronunciar-me em causa parcialmente própria, assinalo aqui o momento com uma sensação inequivocamente positiva. O prazer que tenho retirado de ser animador deste espaço, e o gosto de o partilhar com quem o partilho, levam-me a dois agradecimentos finais: ao António Figueiredo pela ideia, pelo convite que me dirigiu para ser um elemento da sua concretização e pela qualidade da sua muito frequente presença; a quem nos lê, muitos amigos certamente mas também anónimos que por vezes se nos dirigem a denunciar com agrado o seu hábito de por aqui passarem. Independentemente das óbvias diferenças dos escritos, nas suas densidades e tamanhos, uma coisa é inquestionável: dez mil entradas são mesmo muitas entradas. Sobre o que aí ainda virá, vamos os dois almoçar em breve para decidir o que fazer, entre continuações, interrupções ou variações.
Sem comentários:
Enviar um comentário