Anda uma brutal vaga de calor pelo mundo, com algumas incidências raras em vários pontos da Europa (abaixo, algumas fotos sugestivas). Mais uma prova, perfeitamente dispensável a despeito dos discursos negacionistas, das mudanças climáticas e do aquecimento global que crescentemente nos atingem. O dado interessante da situação é, para nós portugueses, o de estarmos largamente a escapar a tal onda em resultado da proteção contra a massa de ar quente vinda do norte de África que nos vai concedendo o famosíssimo anticiclone dos Açores. O “El País” consagra hoje algum espaço àquele fenómeno e deixa-nos alguns elementos complementares de análise em relação ao mesmo, que seguidamente reproduzo em termos ilustrativamente sintéticos: o junho mais quente do planeta desde que há registos (ou seja, desde há 174 anos); a primeira quinzena de julho com a maior temperatura média diária do ar à superfície desde 1979; inúmeros recordes de calor em distintos pontos da Terra (de Turpan na China, com 52,2°, ao Parque Nacional do Vale da Morte na Califórnia, com 53,3°; de Licata em Itália, com 46,3°, a Figueres em Espanha, com 45,4°); registos diversos de um aquecimento extremo no Atlântico Norte. A infografia, o mapa e os gráficos mais abaixo são sintomáticos a darem conta de algumas das principais anomalias e factos em presença, bem assim como de alguns grandes números e tendências. Tudo num quadro em que importa sublinhar que os especialistas adiantam que, por cada 0,5° de incremento da temperatura média do planeta, se produzirão aumentos claramente percetíveis na intensidade e frequência dos fenómenos extremos.
domingo, 23 de julho de 2023
ABENÇOADO ANTICICLONE!
(excerto de https://www.rtp.pt/play/p1525/a-mosca)
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