Aqui ao lado, o dia D aproxima-se a passos largos e, a crer nas últimas sondagens autorizadas (abaixo alguns dos principais quadros resultantes de um trabalho do “El País” a partir delas), as coisas não parecem dar grandes sinais de mudança relativamente a uma vitória clara do PP de Feijóo e à alta probabilidade de este necessitar de se associar com a extrema-direita (o Vox de Abascal) para formar governo. Esta noite, Feijóo não esteve presente no debate televisivo geral, como desde o início anunciara, mas a cumplicidade revelada por Pedro Sánchez e Yolanda Díaz não parece ter sido de molde a alterar significativamente aquela tendência; tal como não terá tido consequências marcantes uma gafe de Feijóo em pronúncia sobre pensões no decorrer de uma entrevista recente. Se a lógica estiver a funcionar como se lhe pede, o desgaste de Sánchez ter-se-á tornado mesmo irrecuperável (já para não referir a repulsa, e até o rancor, de crescentes setores da classe média espanhola e de largas franjas do eleitorado face ao presidente do governo) e teremos, portanto, uma viragem à direita em Espanha e mais um governo europeu refém de posições radicais em matérias sociais e civilizacionais. Outros prognósticos, como os de uma potencial transposição mimética para Portugal deste tipo de realidade ou os de uma potencial facilitação do caminho europeu para António Costa, não passam de explorações prematuras e de meros exercícios de adivinhação.
quinta-feira, 20 de julho de 2023
HÁ NOVAS DE ESPANHA?
(cartoons de José Maria Pérez González – “Peridis”, http://elpais.com)
(José María Nieto, http://www.abc.es)
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