Não queria repetir-me mas, no arranque da semana em que vai ser “negociada” a versão final do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, sempre importará aqui deixar reproduzida uma pequena síntese (recorro com a devida vénia à publicada pelo “Expresso”) de alguns dos principais aspetos e omissões do canhestro relatório preliminar elaborado pela zelosa e serviçal deputada socialista Ana Paula Bernardo. O que virá, entretanto, até à votação? Um Partido Socialista a procurar não ficar completamente isolado na mesma e talvez a assim se abrir a uma ou duas propostas do PCP (que será o grupo mais disponível para vir a fazer o frete), por um lado, e os avanços dos restantes partidos da Oposição a serem rechaçados em toda a linha (com a Iniciativa Liberal a já ter vindo declarar que não mais participaria em qualquer ato desta farsa de mau gosto), por outro. Razão tem o Luís Aguiar-Conraria quando sugere que uma Oposição eficaz (com o PSD à cabeça, naturalmente) poderia e deveria promover uma espécie de relatório-sombra que, mesmo não beneficiando de um carimbo oficial, criaria ruído público denunciador do modo como a maioria absoluta do PS está a ser gerida e praticada.
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