Cristiano Ronaldo foi um grande jogador e um grande profissional de futebol, ponto final. Devemos, por respeito a tudo isso e ao modo como representou a seleção nacional e contribuiu para divulgar e engrandecer o nome de Portugal em todos os cantos do mundo, desvalorizar agora o modo lamentável como está a encarar a chegada ao fim dos seus dias desportivos. Porque, vendo bem o que ele fez e por onde andou com enorme reconhecimento público, talvez consigamos compreender a sua tristeza e a sua quase recusa do inevitável, substituindo-as por palavras vaidosas e arrogantes em que já só ele acredita. Como quando se refere ao caráter competitivo da Liga Árabe (no dia em que o seu Al Nassr levou cinco do Celta de Vigo!), despropositadamente a compara com a americana (nitidamente só por rivalidade malsã em relação a Messi!) ou sublinha a perda de qualidade das ligas europeias (várias das mesmas por onde pedinchou infrutiferamente um lugarzinho num plantel antes de ter de acabar por ir para a Arábia Saudita!). Como alguém disse um dia noutro contexto: deixemo-lo terminar o seu mandato, no caso a sua carreira, com dignidade...
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