sábado, 15 de julho de 2023

E ESTA, CAMPEÕES DO IMEDIATO?

Num artigo assinado por Sónia M. Lourenço, o “Expresso” de hoje apresenta sinais de uma economia portuguesa em forte abrandamento no segundo trimestre face ao anterior, sublinhando que só o contributo do turismo e do consumo de bens duradouros terá evitado que pudesse ter acontecido uma contração. Mesmo sabendo que esses sinais ainda não provêm de dados oficiais (INE) mas somente de projeções (a deverem ser tidas por credíveis) vindas de quatro entidades privadas (com a Católica de Lisboa a ser a mais pessimista ao projetar uma variação nula do PIB em cadeia e o Santander a ser a mais otimista ao adiantar 0,3%), o certo é que a correspondente média de 0,2% aponta para que a nossa economia não pareça estar, de facto, na senda de grande crescimento de que tanto e com tanto foguetório se falou na sequência do surpreendente registo de um avanço de 1,6% em cadeia no primeiro trimestre; para além de que se terá de sublinhar que estamos perante uma preferencial válvula securitária proveniente da atividade turística, o que, a despeito de meritório e desejável, não parece dever colocar-nos muito descansados em relação à evolução da nossa competitividade transacionável e a uma consequente sustentabilidade a médio prazo da dinâmica de crescimento da economia portuguesa.

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