Enquanto lentamente vai decorrendo o escandaloso período definido para contratações futebolísticas de Verão ― os campeonatos nacionais dos principais países e a Liga dos Campeões hão de arrancar e começar a desenrolar-se expressivamente e os planteis ainda serão retocados, leia-se essencialmente amputados no caso dos clubes menos ricos, o que é uma manifestação clara e simultânea de um futebol prioritariamente ao serviço do capital e sujeito a regulamentações que são de todo contranatura em termos desportivos ―, a conversa dominante em Portugal passa pelo sofrimento dos nossos comentadores em relação às mimalhas burrices do menino João Félix. Após ter entrado em rota de colisão com o treinador do Atlético de Madrid (Diego Simeone) que adquirira o seu passe em 2019 por absurdos 126 milhões, rumando depois ao Chelsea num incompreensível empréstimo de 11 milhões de que resultava a natural obrigação de que demonstrasse efetivo valor no terreno de jogo, a vedeta falhou em toda a linha mas, ainda assim, optou por prosseguir um caminho de rotura com os seus “patrões” e até por esticar a corda em declarações de amor pelo rival Barça. A situação parece complicada, estando o Benfica na expectativa de que ainda lhe possa vir a caber a terminação de um bilhete premiado (com os nossos enviesados analistas da comunicação social a rezarem diariamente nesse sentido); o que não tem ar de vir a ser fácil, exceto se os catalães e Jorge Mendes estiverem a fazer bluff e se os madrilenos insistirem no erro. Alguma coisa terá de acontecer, obviamente, mas já poucas dúvidas subsistem de que o jogador viseense venha a ter o futuro desportivo brilhante que alguns lhe auguravam...
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