Notícia do falecimento em Paris, aos 76 anos, de Jane Birkin. A cantora e atriz que foi revelada por Serge Gainsbourg (após um encontro algo agitado em virtude do mau feitio de Serge e da sua irritação com o sotaque britânico de Jane, da difícil inserção inicial desta em França e com uma filha nos braços e de ambos estarem a atravessar uma fase baixa da respetiva vida sentimental, ele em separação de Brigitte Bardot) e marcou simbolicamente uma época e uma geração. Que foram precisamente as da minha juventude. E que tem obrigatoriamente de ser referenciada aos finais dos anos 60 e, nesse quadro, ao mítico “Je t’aime moi non plus” que marcou indelevelmente a nossa geração e ao filme “A Piscina” (a minha primeira falta injustificada às aulas para deslocação ao velho Batalha com vista a poder vê-lo sem necessidade da devida autorização caseira) em que os bem estudados momentos de grande beleza e sensualidade ingénua de Jane competiam em harmonioso complemento com a presença sexy da magnífica e já mais madura Romy Schneider. Depois disto, Jane andou por aí todas estas décadas, alcançando sucessos vários e vivendo uma vida pessoal e profissional que, apesar da trágica perda da sua primeira filha num acidente em 2013, sempre pareceu marcada pela fruição de algum bem-estar e felicidade.
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